segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Como me sinto hoje......



"Sentimentos silenciosos que me invadem, não quero demonstrá-los, pois;  
não fazem sentido, não iriam mudar nada e só iria ser pior ainda esquecê-los…
Iriam contaminar tudo o que me rodeia e assim simplesmente não
conseguir-me-ia abstrair-se deles, portanto guardo-os dentro de mim:
Limito-me a senti - los,  e a tentar dominá-los com pensamentos instantâneos,
que não têm qualquer importância, mas ajuda a distrair e manipular o
meu corpo como uma marionete, aproximando-o de meros elementos ilusórios…"

Existe uma discrepância na forma como penso e percebo. Existe um vazio no que eu sinto. Não, na verdade, não existe um vazio no que eu sinto. Existe o vazio do que eu não sinto. Do que eu não consigo expressar em palavras. O vazio do que eu queria sentir, mas não tenho como. Não tenho o porquê. E aí fica tudo guardado. Em desuso. Incomodando, machucando. 
Às vezes fica fácil esquecer do vazio. Você não pára de viver por causa dele. Você ainda sai. Ri. Conversa. Às vezes, até demais. Ri demais, bebe demais, sai demais. Porque o vazio está lá...
E tem sempre aquele momento em que a tua guarda baixa, e o vazio bate. Pesa. E você deseja sumir e reaparecer na sua cama: longe de tudo... De todos...
Mas isso nem sempre acontece. Às vezes o vazio fica lá, dormindo, por um tempão. Você acha até que ele sumiu.... Você acha que finalmente você está feliz com o que você tem. E tudo parece bem. E está bem. Mas o vazio volta. Sutilmente... Ou não. Pode ser uma fisgada no estômago. Pode ser uma lágrima no canto do olho. Pode ser um nó na garganta. Um pesar de pálpebras. Ou pode ser uma avalanche avassaladora de emoções. 
E o vazio, novamente está lá. Novamente você lembra o que é conviver com ele. 
Diariamente. Constantemente.
Existe uma falta de sentido nos nossos desejos.
Existe uma falta... E só. 



Créditos atribuídos a Luso Poemas e a Fers








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Um comentário:

  1. Mira Baeta3 de novembro de 2010 às 23:06

    Keps... queria ter a palavra certa pra dizer. Mas não tenho. Todos temos ou sentimos esse vazio muitas vezes durante nossa vida. Na verdade, ele está lá mesmo, o tempo todo, a despeito das saídas, das baladas, das bebidas...
    Não tenho a palavra certa pra preencher o meu vazio, nem o seu, nem o de quem quer que seja. Só posso dizer então que podemos e devemos continuar a acreditar nas nossas próprias capacidades, na nossa força interior, pra continuarmos seguindo nosso caminho, por mais difíceis que nos pareça. Não sei como, não sei quando, mas sei que um dia saimos do fundo de nós mesmos e aprendemos a nos assumir como realmente somos.
    Sei que é mais fácil falar, minha linda, mas não tenha medo do seu vazio, não fuja dele. Quando não enfrentamos nossa realidade, nos causamos mais dor e sofrimento.
    Lamento dizer nessa hora, mas os vazios, as perdas vão estar sempre presentes em nossa vida, mas por mais que isso possa parecer "filosofia besta", é isso que nos faz crescer e amadurecer.
    É aí onde realmente você vai encontrar a sua verdade.

    Agora, deixando de lado a embromação... quando tiver doendo muito, se vc precisar de um ombro, pode ter certeza que aqui tem dois. E um colinho também.
    Um beijo com carinho. E muita força na sua jornada.

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